Seminário de irrigação em Alegrete conta cerca de 140 participantes

 

Seminario Alegrete

Evento foi realizado dentro da programação do Festival da Linguiça Campeira de Alegrete


Mais uma edição do Seminário de Irrigação foi realizado nesta sexta-feira (4/4) em Alegrete, integrando a programação do Festival da Linguiça Campeira do município. O evento contou com cerca de 140 participantes que conheceram o Programa de Irrigação do Estado, as normas ambientais de outorga e licenças e a apresentação de cases de sucesso. O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, e autoridades municipais estiveram presentes.


Kuhn apresentou o Programa de Irrigação, que está com edital aberto, e destina aos produtores rurais 20% do valor do projeto, limitado a R$ 100 mil por beneficiário, a fundo perdido. Até o momento, a Seapi já recebeu 745 projetos, com investimento total do produtor estimado em torno de R$ 214 milhões. De contrapartida do governo do Estado, são cerca de R$ 27 milhões em subvenção. O conjunto de projetos representa mais de 10 mil novos hectares irrigados no Rio Grande do Sul.


Entre as principais finalidades dos projetos, está a irrigação de grãos (soja, milho e outros) com 54%; pastagem com 19%; fruticultura com 15%; olericultura com 11% dos projetos; e outras culturas representam 1%.


“A irrigação é um dos melhores seguros do produtor, com garantia de produtividade e renda em todas as épocas do ano. O objetivo do governo é aumentar a área irrigada do Estado e temos recursos disponíveis para isso. Queremos desenvolver o agro gaúcho, dentro de um dos pilares do Plano Rio Grande”, destacou o secretário da Agricultura.


Baldissera destacou o avanço do programa no Estado, na medida que há o aperfeiçoamento das regras de enquadramento, assim como os avanços ambientais. “Além dos produtores estarem sentindo que sistemas irrigados garantem a segurança da produção e estão interessados cada vez mais no assunto. Junto com esse aperfeiçoamento, fortalece outra frente que é extremamente importante que é o Plano ABC que preconiza as tecnologias que trabalham junto com a irrigação”, afirmou o diretor da Emater.


Cases de sucesso

Um dos cases de sucesso foi apresentado pelo engenheiro agrônomo Fernando Arns que falou sobre como o Grupo Arns, de Uruguaiana, tem desenvolvido o seu sistema integrado de produção em áreas arrozeiras, com cultivo de arroz, soja, milho, trigo e pastagens, a partir do suporte de diferentes tecnologias de irrigação - inundação, sulcos e aspersão (pivô central). As estratégias de irrigação adotadas pelo grupo, somadas a manejos eficientes nas lavouras, têm permitido melhorar a utilização da terra e praticar agricultura o ano todo, com minimização de riscos, garantindo a sustentabilidade ambiental e econômica do negócio.


“Todo arrozeiro tem a segurança da água, mas tem o risco de ficar dependente da monocultura do arroz. Então, desenvolvemos um sistema de rotação de culturas, com o uso eficiente dos recursos hídricos, para conseguirmos ter produtividade, mesmo em anos de condições climáticas desfavoráveis”, destaca Fernando Arns.


O produtor Geovano Parcianello, de Alegrete, também apresentou sua experiência com a utilização do sistema de irrigação de pivô central na cultura da soja.


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