Irrigação para enfrentar desafios climáticos será pauta da Abertura da Colheita da Noz-Pecã

 

Coletiva Colheita da Noz Pecã - Crédito Nestor Tipa Júnior AgroEffective Divulgação

Coletiva de lançamento do evento, que será em Glorinha (RS) em 11 de abril, ocorreu na sede da Secretaria da Agricultura, em Porto Alegre (RS)


A 7ª Abertura Oficial da Colheita da Noz-Pecã foi lançada nesta quarta-feira, 2 de abril, em entrevista coletiva do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre. O evento será realizado em 11 de abril, em Glorinha (RS). A decisão foi tomada durante encontro do presidente do IBPecan, Claiton Wallauer, com o prefeito Leonardo Carvalho e o secretário da Agricultura do município, Eduardo Pires.

O evento ocorrerá na propriedade da agroindústria Nozes Glorinha, de Karion Minussi. No local, Minussi administra um pomar com 3,08 mil árvores, com idades entre cinco e nove anos.  Influenciou na escolha da propriedade a facilidade de acesso e a existência de um pavilhão de 750 metros quadrados, o que permite que as atividades aconteçam mesmo com chuva.

No lançamento, o presidente do IBPcan, Claiton Wallauer destacou que 90% das nogueiras de Pecan do Brasil estão no Rio Grande do Sul, de acordo com dados da Emater. Sobre a importância da noz-pecã para o Estado, Wallauer destacou que o evento irá valorizar o trabalho de todos. “A cultura da pecan é focada na agricultura familiar. Milhares de famílias produzem e aglutinam as nozes e entregam para as indústrias de processamento, e é importante que toda a cadeia seja prestigiada a partir do apoio do Governo do Rio Grande do Sul”, destacou.

Segundo o presidente, vários temas serão abordados, entre eles o manejo da pecan e a questão da irrigação devido às constantes faltas de chuva. Wallauer lembrou que o IBPecan tem 7 anos e vem buscando sempre a melhor forma de apoiar o produtor, bem como fazer com que a noz-pecã alavanque a economia do Estado. O Rio Grande do Sul, atualmente, tem 7 mil hectares de pecan, sendo 5,5 mil em produção e envolvendo em torno de 1,6 mil famílias. A produção de pecan esperada na atual safra gira em torno de 5 mil toneladas. “É uma boa produção considerando o ano de dificuldades climáticas que foi 2024”, comparou.

O anfitrião da abertura oficial da colheita da Noz-Pecã, o produtor Karion Minussi, lembrou que a produção também foi severamente atingida com as enchentes de maio e junho do ano passado, mas que agora em 2025 o clima favoreceu a cultura. “Com o apoio recebido do governo do Estado foi possível melhorar e, principalmente, aprender a evitar que os efeitos da tragédia climática se repitam”, enfatizou. A ideia do produtor será mostrar o pomar e a cultura da pecan, sobretudo como é feito o plantio e a colheita,   “A Emater estará no local também apoiando e acrescentando informações. O Brasil é o 4º maior produtor de noz-pecã do mundo, portanto é justo dizer que o Rio Grande do Sul, com 90% da produção do país, é o 4º maior produtor de pecan do mundo. Então a cultura precisa ser cada vez mais incentivada”, concluiu.

O prefeito de Glorinha, Eduardo Pires, lembrou que o desafio de sediar a 7ª Abertura Oficial da Noz-Pecan foi aceito por entender da importância para Glorinha do cultivo da Pecan. “Glorinha é um município próximo a Porto Alegre,. O município seguirá apoiando todas as culturas, como os setores primário e industrial”, afirmou.

O secretário da Agricultura, Clair Kuhn lembrou que o produtor tem total prioridade para o atual governo do Estado. “A colheita é um momento de celebração por representar todo um trabalho de dificuldades e dedicação”, pontuou. Kuhn enfatizou que o governo gaúcho sempre está aberto para estabelecer parcerias com o setor, destacando a questão da irrigação como fundamental para o adequado desenvolvimento das culturas. “A noz-pecan é uma cultura que tem avançado bastante alicerçada na agricultura familiar”, observou.

O secretário destacou ainda a parceria técnica com a Emater no sentido de orientar os produtores. “Cerca de 35% do solo de produção ainda não tem cobertura de assistência técnica. E outro ponto fundamental, além da irrigação que o governo tem auxiliado, é também incentivar a diversificação de culturas dentro das propriedade, além do incentivo para ampliar estas áreas.”, concluiu.

Foto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective
Texto: Artur Chagas/AgroEffective

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