Cobertura permanente: principal seguro para a conservação do solo e produção agrícola

 


Celebrado em 15 de abril, o Dia Nacional da Conservação do Solo foi instituído pelo Ministério d

O solo é o grande protagonista do processo de produção de alimentos e merece atenção redobrada no contexto atual de mudanças climáticas. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), 75% dos solos na América Latina e no Caribe apresentam problemas de degradação que resultam em perdas que podem chegar a 60 bilhões de dólares por ano.

A conscientização para a preservação é o objetivo do Dia Nacional da Conservação do Solo, instituído pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A data, 15 de abril, também coincide com o período de entressafra, quando os solos agrícolas ficam descobertos e mais vulneráveis, o que torna ainda mais importante a difusão de práticas para a proteção do solo.

O principal dano que pode acometer o solo nesse período é a erosão, isto é, o impacto causado pela chuva. As precipitações têm o potencial de remover camadas de solo, nutrientes e matéria orgânica. Para o coordenador de Validação Agrodigital da Cotrijal, Leonardo Kerber, o manejo adequado é como um seguro para momentos de adversidades climáticas, sejam as chuvas intensas ou a escassez hídrica. 

O coordenador de Validação Agrodigital da Cotrijal, Leonardo Kerber, considera que o manejo adequado do solo é como um seguro para a produção | Foto: Cotrijal | Arquivo

Nesse contexto, a cobertura de solo durante todo o ano está entre as principais estratégias para a conservação permanente. Além de minimizar os riscos da produção agrícola, essa prática permite a otimização da produtividade em condições ideais, por meio do desenvolvimento do sistema radicular e melhoria da capacidade de infiltração de água, entre outros benefícios.

“Essa cultura de cobertura vai ajudar a conservar o solo, evitar problemas com erosão e também ciclar nutrientes para a próxima safra. Os benefícios são inúmeros, uma cobertura bem estabelecida vai produzir palhada para proteger a próxima cultura - seja de soja ou de milho - das temperaturas altas, vai proporcionar condições melhores, inclusive para a semeadura, e fornecer maior segurança para que o produtor consiga conduzir a sua a sua próxima cultura de interesse comercial”, explica Kerber.

As plantas de cobertura estão entre as principais estratégias para manter o solo protegido ao longo do ano | Foto: Luiz Henrique Magnante | Embrapa

Além das plantas de cobertura, as culturas de inverno, como o trigo, também desempenham um papel importante no sistema produtivo. Assim como a cobertura permanente, a rotação de culturas está entre os pilares fundamentais do sistema plantio direto, que também prevê o não revolvimento do solo. Para que esse sistema funcione de maneira plena, minimizando a erosão e entregando maior produtividade, é preciso planejar com cuidado a sucessão de culturas.

“O produtor pode, em conjunto com o Departamento Técnico (Detec), estabelecer quais são as melhores estratégias para manter esse solo coberto o máximo de tempo possível, inclusive definindo um plano de rotação de culturas para que possa se organizar em relação ao trabalho operacional, semeadura e aquisição de sementes. A Cotrijal tem à disposição todo um portfólio de soluções disponíveis para que o produtor de fato consiga fazer a melhor proteção do seu solo o ano todo”, destaca Kerber.

Além de potencializar os resultados no campo, a conservação do solo ainda contribui para a sustentabilidade no agronegócio, capturando carbono e mitigando o impacto ambiental. A FAO aponta que os solos da América Latina e do Caribe são os mais promissores do mundo em termos de captação de carbono, podendo mitigar entre 12% e 48% do total líquido regional de gases de efeito estufa.

a Agricultura e Pecuária (Mapa)

Postar um comentário

0 Comentários