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Créditos: Pixabay |
De acordo com as estimativas mais recentes, a produção global de leite nas principais regiões produtoras deverá voltar a crescer, com um pequeno aumento de 0,6% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é superior à queda de 0,1% registrada em 2024. A recuperação deve ocorrer em todas as regiões, exceto na Austrália, onde a produção dependerá fortemente das condições climáticas.
De maneira geral, os mercados de lácteos na segunda metade de 2024 e início de 2025 têm mostrado tendência de retomada do crescimento, após um período de preços elevados do leite e custos mais baixos de ração. A demanda decepcionante da China por importações de lácteos em 2024 começou a se recuperar, com um pequeno aumento nas importações registrado. Outras regiões importadoras, como Sudeste Asiático e Oriente Médio, também apresentaram bom crescimento.
A situação econômica global está menos deprimida em comparação com os anos imediatamente após a pandemia. No entanto, vulnerabilidades emergentes podem impactar o crescimento econômico global. Um possível aumento do protecionismo nos EUA pode afetar a demanda global. Além disso, surtos de doenças como língua azul na Europa, febre aftosa na Alemanha e gripe aviária nos EUA podem impactar a oferta de leite.
Na segunda metade de 2024 (setembro e outubro), a maioria das regiões voltou a registrar crescimento.
Austrália (+2,2%)
Nova Zelândia (+1,2%)
Reino Unido (+2,0%)
União Europeia (+0,4%)
EUA (-0,7%) – previsão de queda moderada
Argentina (-6,9%) – expectativa de forte queda, devido a desafios econômicos, embora menos severa do que a registrada anteriormente.
A redução do rebanho leiteiro nos EUA estabilizou e deverá permanecer estável em 2025. Após um ano de forte declínio, a produção de leite da Argentina deverá apresentar o maior crescimento (+4,7%), impulsionado por boas condições climáticas, melhor disponibilidade de pastagens e preços favoráveis do leite em relação à ração, permitindo maior produtividade.
Na Austrália, a produção de leite deve permanecer estável, sustentada por condições de mercado melhores, mas limitada pela seca no final de 2024 e pela baixa qualidade das pastagens no sul e sudoeste do país. No entanto, caso chova mais do que o esperado, essa projeção pode mudar.
A produção de leite da Nova Zelândia deve crescer 1,2% em 2025, à medida que os produtores expandem seus rebanhos e aprimoram práticas de alimentação e manejo, impulsionados pelos altos preços globais dos laticínios.
Na União Europeia, a produção deve crescer 0,4%, impulsionada por melhores condições climáticas, aumento dos preços do leite e custos mais baixos em alguns mercados. No entanto, o surto de língua azul (BTV) representa um risco, dependendo da eficácia dos programas de vacinação.
Os preços globais do leite podem enfraquecer ao longo do ano em resposta ao aumento da oferta. A demanda, por enquanto, permanece estável e pode se beneficiar do crescimento da demanda chinesa. No entanto, conflitos globais em andamento e mudanças na política comercial dos EUA podem desequilibrar esse cenário delicado. (As informações são do Agriculture and Horticulture Development Board (AHDB), traduzidas pela equipe MilkPoint)


______________________________De maneira geral, os mercados de lácteos na segunda metade de 2024 e início de 2025 têm mostrado tendência de retomada do crescimento, após um período de preços elevados do leite e custos mais baixos de ração. A demanda decepcionante da China por importações de lácteos em 2024 começou a se recuperar, com um pequeno aumento nas importações registrado. Outras regiões importadoras, como Sudeste Asiático e Oriente Médio, também apresentaram bom crescimento.
A situação econômica global está menos deprimida em comparação com os anos imediatamente após a pandemia. No entanto, vulnerabilidades emergentes podem impactar o crescimento econômico global. Um possível aumento do protecionismo nos EUA pode afetar a demanda global. Além disso, surtos de doenças como língua azul na Europa, febre aftosa na Alemanha e gripe aviária nos EUA podem impactar a oferta de leite.
Na segunda metade de 2024 (setembro e outubro), a maioria das regiões voltou a registrar crescimento.
Austrália (+2,2%)
Nova Zelândia (+1,2%)
Reino Unido (+2,0%)
União Europeia (+0,4%)
EUA (-0,7%) – previsão de queda moderada
Argentina (-6,9%) – expectativa de forte queda, devido a desafios econômicos, embora menos severa do que a registrada anteriormente.
A redução do rebanho leiteiro nos EUA estabilizou e deverá permanecer estável em 2025. Após um ano de forte declínio, a produção de leite da Argentina deverá apresentar o maior crescimento (+4,7%), impulsionado por boas condições climáticas, melhor disponibilidade de pastagens e preços favoráveis do leite em relação à ração, permitindo maior produtividade.
Na Austrália, a produção de leite deve permanecer estável, sustentada por condições de mercado melhores, mas limitada pela seca no final de 2024 e pela baixa qualidade das pastagens no sul e sudoeste do país. No entanto, caso chova mais do que o esperado, essa projeção pode mudar.
A produção de leite da Nova Zelândia deve crescer 1,2% em 2025, à medida que os produtores expandem seus rebanhos e aprimoram práticas de alimentação e manejo, impulsionados pelos altos preços globais dos laticínios.
Na União Europeia, a produção deve crescer 0,4%, impulsionada por melhores condições climáticas, aumento dos preços do leite e custos mais baixos em alguns mercados. No entanto, o surto de língua azul (BTV) representa um risco, dependendo da eficácia dos programas de vacinação.
Os preços globais do leite podem enfraquecer ao longo do ano em resposta ao aumento da oferta. A demanda, por enquanto, permanece estável e pode se beneficiar do crescimento da demanda chinesa. No entanto, conflitos globais em andamento e mudanças na política comercial dos EUA podem desequilibrar esse cenário delicado. (As informações são do Agriculture and Horticulture Development Board (AHDB), traduzidas pela equipe MilkPoint)
Mercado do leite: atualização quinzenal 11/02/2025
Com intuito de atualizar nossos leitores sobre o cenário do mercado do leite, o MilkPoint, em parceria com o MilkPoint Mercado, trará um panorama geral sobre os acontecimentos mais relevantes da quinzena no setor lácteo.
Confira abaixo a última atualização:
Leite UHT - Apesar da postura mais retraída do varejo, a indústria manteve a tendência de alta nos preços do leite UHT na primeira semana de fevereiro. Com preços elevados, torna-se naturalmente mais desafiador negociar grandes volumes, mas as marcas consultadas relatam que o giro de vendas tem se mantido em um nível razoável. Em São Paulo, o preço médio fechou em R$4,40/litro - alta de 0,07 centavos/litro em relação à semana anterior.
Muçarela - No mercado de muçarela, a demanda tem mostrado certa lentidão nas últimas semanas. Diante desse cenário, as empresas têm adotado estratégias distintas: algumas reduziram os preços para estimular as vendas e garantir fluxo financeiro, enquanto outras, sustentadas por baixos níveis de estoques, optaram por reajustes positivos, buscando compensar os custos de produção, mesmo que eventualmente isso reflita em redução do volume total de vendas. Na média paulista, o preço da muçarela fechou em R$32,3/kg na primeira semana de fevereiro.
Leite em Pó - Assim como observado nas semanas anteriores, os leites em pó seguem andando de lado em uma cenário de estabilidade, com pequena diferença entre os preços praticados entre as marcas. Na última semana, o leite em pó integral industrial fechou em R$29,0/kg e o produto fracionado fechou em R$33,2/kg.
GDT – O leite em pó integral seguiu sendo o principal destaque do último evento: com nova alta expressiva, desta vez de 4,1%. O preço médio fechou em USD 4.169 por tonelada, atingindo o maior valor desde junho de 2022, em sequência à valorização do mês anterior.
Milho – Na última semana, os preços do milho no mercado físico brasileiro continuaram em alta, impulsionados pelo atraso no plantio da segunda safra (safrinha). Em Campinas (SP), a saca tem sido negociada em torno de R$76/sc.
Soja – Os preços médios da soja registraram avanço, refletindo tanto a influência do mercado internacional quanto o atraso na colheita no Brasil. No início de fevereiro, a saca foi cotada em aproximadamente R$131 em Paranaguá (PR).
Oferta – Após o pico da safra de leite nos meses anteriores, a produção nacional entra em seu período sazonal de queda, reduzindo a oferta no mercado.
Demanda – A demanda tem mostrado certa solidez, sustentando os preços de algumas categorias, como muçarela e leites em pó, enquanto possibilita avanços em outros produtos, como o leite UHT. (Fonte: Milkpoint MErcado)
Os investimentos dos EUA em queijo, deverão dar seus frutos em 2026, diz RabobankA produção de leite nos Estados Unidos da América (EUA) continua aumentando, e significativos investimentos foram realizados na capacidade de produzir queijo e soro de leite. A expectativa é de que a produção desses produtos aumentará consideravelmente de agora até o final de 2026, de acordo com o relatório dos analistas do RaboResearch. Essa oferta adicional deverá ser absorvida pelo crescimento do consumo interno e alta da demanda de diferentes mercados exportadores.
O consumo per capita de queijo nos EUA atingiu aumento recorde em 2023, e as exportações de queijo foram recordes em 2024. O consumo de proteínas e as tendências em matéria de saúde e bem-estar impulsionam os preços do complexo de soro de leite para níveis recordes, e as exportações também crescem. Essas tendências justificam os investimentos na capacidade de processamento, mas a oferta extra poderá, temporariamente, conduzir a um mercado excedentário e reduzir os preços do queijo no curto prazo, enquanto o mercado trabalha para absorver a produção adicional.
No longo prazo, no entanto, esses investimentos significarão que a participação dos EUA no mercado internacional de queijo e soro de leite aumentará. As tendências da demanda dos consumidores permanecerão positivas escrevendo uma história de sucesso contínuo para queijos e seus subprodutos de valor agregado, observa Lucas Fuess, analista sênior de lácteos do RaboResearch. (Fonte: Dairy Industries – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
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