Fomento à ciência, tecnologia e inovação no RS é tema de abertura do Salão de Iniciação Científica

 


O papel da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) no fomento à ciência, tecnologia e inovação foi o tema da palestra de abertura do 13º Salão de Iniciação Científica e Tecnológica (Sicit), que ocorre com o 8º Wokshop de Pós-Graduação e a Mostra de Pesquisa, nesta quarta-feira (23/10). O evento, que ocorre de forma on-line, continua até quinta (24/10), com 31 apresentações orais de trabalhos ligados ao setor agropecuário.

O diretor-presidente da Fapergs, Odir Dellagostin, apresentou de forma os principais programas de fomento conduzidos pela fundação no Rio Grande do Sul, informações sobre a produção científica do Estado em comparação com a média nacional e perspectivas futuras.

Em sua fala inicial, Dellagostin lembrou da conexão entre a pesquisa agropecuária gaúcha, que celebra 105 anos de história em 2024, e a própria criação da Fapergs. “Se hoje o Rio Grande do Sul é forte na área da pesquisa científica, muito se deve aos pioneiros da pesquisa agropecuária”, frisou. Criada em 1964, a Fapergs é a segunda fundação de amparo à pesquisa mais antiga do país, atrás apenas da Fapesp (São Paulo).

O diretor-presidente destacou os principais programas de incentivo da Fapergs, começando pelos programas de iniciação científica e inovação tecnológica. São 1.600 bolsistas nessa categoria, em mais de 30 instituições de ensino e pesquisa do Rio Grande do Sul, somando R$ 13,44 milhões em investimentos em 2024.

A fundação também conta com um auxílio que financia projetos, de até R$ 40 mil, de doutores recém-formados ou contratados. “Mais de 150 recém-doutores são contemplados anualmente, totalizando R$ 5 milhões em investimentos da Fapergs”, contabilizou Dellagostin.

Para manter jovens pesquisadores no Estado, o Programa Jovens Doutores oferece 200 bolsas de pós-doutorado de R$ 5,2 mil ao mês, além de custeio de projeto de pesquisa com até R$ 50 mil. “É o futuro da pesquisa, um investimento extremamente importante para manter os talentos no Rio Grande do Sul”, ressaltou.

O Programa Pesquisador Gaúcho é um edital universal, realizado a cada dois anos, que apoia pesquisadores em todas as áreas de conhecimento, com aporte de até R$ 90 mil por projeto. “No último edital tivemos o maior volume da série histórica, com R$ 25 milhões disponibilizados”, lembrou Dellagostin.

Por fim, a fundação dispõe de R$ 1,5 milhão para eventos científicos por meio de edital anual, apoiando a realização de mais de 90 eventos em 2024.

Outros programas de incentivo mencionados foram: Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas, Clusters Tecnológicos, InovAgro, Programa de Pesquisa em Semicondutores e o edital aberto recentemente para pesquisas sobre desastres climáticos, com R$ 30 milhões disponibilizados pelo governo estadual ao orçamento da Fapergs.

O fomento à inovação tecnológica se dá por programas de apoio ao empreendedorismo e à criação de startups, como o Programa Centelha, o Doutor Empreendedor e o Tecnova. “No último edital do Tecnova, foram quase R$ 30 milhões destinados a projetos de inovação, com aporte de recursos de até R$ 600 mil, sem reembolso”, detalhou Dellagostin.

Pelo Observatório da Inovação RS, mantido pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, é possível consultar diversos indicadores de pesquisa e inovação. “São informações públicas, que oferecem transparência à alocação dos recursos de pesquisa”, disse.

Dellagostin encerrou destacando o compromisso do governo do Estado em melhorar significativamente o investimento na área da ciência, tecnologia e inovação para 2025. “Preparem bons projetos, porque no próximo ano teremos mais recursos para a ciência no Rio Grande do Sul”, projetou.

As apresentações orais do 13º Sicit continuam na tarde desta quarta (23/10) e durante todo o dia na quinta-feira (24/10).

Acesso às transmissões:

Texto: Elaine Pinto/Ascom Seapi
Edição: Felipe Borges/Secom

 

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