Foto: Lamais |
O Rio Grande do Sul, um dos pilares do agronegócio brasileiro, está enfrentando uma das piores tragédias climáticas de sua história. Mayra Delfino, Diretora Executiva e Fundadora do Congresso Nacional de Crédito no Agronegócio, destacou a gravidade da situação, que supera até mesmo desafios climáticos significativos do passado, como a seca de 2012. A resposta a essa crise exige ações robustas e coordenadas.
Historicamente, o Rio Grande do Sul desempenha um papel crucial na produção agrícola nacional. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado é responsável por 69% da produção nacional de arroz, totalizando 6,9 milhões de toneladas na safra 2022/2023. Além disso, foi responsável por 36% da colheita de trigo, com mais de 2,8 milhões de toneladas na safra de 2023.
Entretanto, as recentes enchentes no estado causaram prejuízos estimados em mais de R$ 2 bilhões no agronegócio, segundo a Confederação Nacional dos Municípios. Esses impactos não são apenas uma responsabilidade local, mas afetam todo o abastecimento agropecuário e econômico do país.
Para mitigar os danos e promover a recuperação, é fundamental a expansão de programas de crédito flexíveis, oferecendo condições favoráveis de financiamento para a reconstrução das infraestruturas danificadas. Além disso, é indispensável o investimento em tecnologias agrícolas avançadas e sustentáveis. Entre as propostas estão o uso de drones para monitoramento das lavouras, sensores de solo para otimização do uso de nutrientes, e sistemas de irrigação focados na economia de água e no aumento da produtividade.
Com uma resposta coordenada e o investimento adequado em tecnologias inovadoras, o Rio Grande do Sul pode não apenas se recuperar dessa crise, mas também fortalecer sua resiliência contra futuras adversidades climáticas, garantindo a continuidade de sua vital contribuição para o agronegócio brasileiro.
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