Leite disse que a possibilidade de novos eventos adversos deve impulsionar o RS a se tornar exemplo de resiliência climática - Foto: Maurício Tonetto/Secom |
O governo do Estado reuniu, na manhã desta terça-feira (9/7), todo o time de secretariado e suas equipes de gestão para realizar o Seminário Plano Rio Grande. O encontro, em auditório do Hotel Embaixador, no centro de Porto Alegre, teve o objetivo de revisitar os principais desafios enfrentados com as enchentes de maio e abril para planejar projetos estruturantes de resiliência climática pelo Estado.
Organizado pelas secretarias de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), de Comunicação (Secom) e da Reconstrução Gaúcha (Serg), o evento teve um primeiro momento de palestras sobre enfrentamento à eventos adversos e, na sequência, um workshop guiado com a participação de todas as secretarias para eleição de iniciativas em cada área de atuação do governo que possam ampliar a capacidade de prevenção e resposta do Estado diante dos eventos climáticos adversos, cada vez mais recorrentes em todo o mundo. "E se acontecer de novo? A pergunta que inquieta a todos precisa ser uma mola propulsora para, passada a fase mais crítica de socorro em razão das enchentes, ampliarmos os planejamentos e projetos que farão do nosso Estado o exemplo de resiliência climática que queremos ser", afirmou o governador Eduardo Leite, que liderou as atividades. "A partir do Plano Rio Grande, nosso propósito é aprofundar em cada secretaria a elaboração de projetos estruturantes de médio e longo prazo que permitam enfrentarmos eventos adversos com mais assertividade e capacidade de mitigação. É fundamental que aproveitemos a reflexão, ainda com a memória bastante viva da tragédia que vivemos, para pensarmos em respostas inovadoras e mais efetivas para proteção da nossa gente", acrescentou o governador. A abertura do seminário teve uma palestra do fundador e CEO da Hopeful, Abner de Freitas. A instituição é especializada no estudo e no planejamento de preparação e enfretamento a desastres. O pesquisador apresentou um panorama histórico internacional da evolução do enfrentamento à tragédias em todo o mundo, com destaque para o quanto o planejamento de soluções inovadoras podem deixar um legado para toda a sociedade. Em seguida, o especialista em estratégia Caio Tomazeli destacou a mudança de norte da gestão a partir da ocorrência das enchentes, tendo como premissa o fato de que todo o governo estará, até o final deste mandato, focado na reconstrução do Rio Grande do Sul. O titular da Serg, Pedro Capeluppi, na sequência do evento, detalhou a estruturação de governança do Plano Rio Grande, que fará a deliberação e o acompanhamento dos projetos estruturantes de reconstrução e ampliação da capacidade de resiliência do Estado. A titular da SPGG, Danielle Calazans, abriu a etapa do workshop guiado, no qual cada secretário, acompanhado de seu secretário-adjunto e membros das equipes de gestão estratégica de cada pasta, discutiu a formatação de projetos estruturantes em suas áreas que possam colaborar para qualificar o sistema de contingência e proteção, com resposta mais ágeis e eficientes, além de medidas alternativas para manutenção de serviços eventualmente impactados. A Secretaria da Segurança Pública (SSP), por exemplo, debateu a incorporação de equipamentos, veículos e tecnologias que possam agilizar as atividades de resgate e aproximar o fluxo de informações. A Defesa Civil Estadual elencou uma série de projetos, como melhorias dos sistemas de monitoramento, a criação do Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres, a ampliação do monitoramento da Sala de Situação do Estado e a formatação de um Programa Estadual de Enfrentamento a Desastres, integrando todas as iniciativas. O aprofundamento das ideias e planos elencados no seminário terá continuidade a partir da interlocução com as equipes técnicas das subsecretarias Serg, com posterior submissão para deliberação do Comitê Gestor do Plano Rio Grande, liderado pelo governador. Texto: Carlos Ismael Moreira/Secom |
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