Quem obtiver mais votos no segundo turno ganha a cadeira.
O alto comparecimento no domingo significa que cerca de 300 distritos eleitorais agora enfrentam possíveis segundos turnos triplos que, em teoria, favorecem o RN.
Para evitar esses três turnos e bloquear a RN, os políticos de centro-direita e centro-esquerda da França praticam há muito tempo o que chamam de "frente republicana", em que o candidato em terceiro lugar desiste da disputa e incentiva os eleitores a apoiarem o candidato em segundo lugar.
Todos os candidatos que chegarem ao segundo turno terão até terça-feira à noite para decidir se renunciam ou concorrem no segundo turno.
COMO ESTÁ AS COISAS DESTA VEZ?
Muitos líderes políticos deram orientações aos candidatos e eleitores na noite de domingo.
O presidente Emmanuel Macron pediu uma "ampla manifestação em apoio aos candidatos republicanos e democratas" para o segundo turno, efetivamente se posicionando contra o partido de extrema direita Reunião Nacional e o partido de extrema esquerda França Insubmissa (LFI).
Seu ex-primeiro-ministro, Edouard Philippe, pediu explicitamente que os candidatos de seu partido desistissem caso estivessem na terceira posição e apoiassem candidatos do centro-esquerda ao centro-direita, excluindo o RN e o LFI.
À esquerda, os líderes socialistas e do LFI também pediram que seus candidatos em terceiro lugar desistissem para bloquear o RN.
O partido conservador Republicano, que se dividiu antes da votação com um pequeno número de seus legisladores unindo forças com o RN, ainda não tomou uma posição.
O QUE VAI ACONTECER AGORA?
A eficácia da "frente republicana" enfraqueceu ao longo dos anos, e muitos eleitores não seguem mais os conselhos dos líderes do partido.
Também é possível que os candidatos se recusem a desistir, apesar da orientação dos quartéis-generais políticos em Paris.
Mas as negociações nas próximas 48 horas serão cruciais e podem influenciar significativamente os resultados, potencialmente decidindo se o RN alcançará ou não a maioria absoluta no parlamento.
Isso torna o resultado do segundo turno extraordinariamente difícil de prever. Até mesmo os pesquisadores pediram cautela em suas próprias projeções de assentos.
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