Parceria beneficia elaboração de políticas para população diretamente atingida pelas enchentes
Articulação permitirá a troca de dados por meio de arquivos geoespaciais - Foto: Maurício Tonetto/Secom |
O governador Eduardo Leite e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, assinaram nesta sexta-feira (21/6), em Porto Alegre, um acordo de cooperação técnica para compartilhamento de informações. O objetivo é aprimorar os mapeamentos, produzidos pelos governos estadual e federal, das áreas diretamente atingidas por inundações, enxurradas e deslizamentos no Rio Grande do Sul desde o final de abril.
Também participaram da assinatura o ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, e as titulares das secretarias de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), Simone Stülp, e de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), Danielle Calazans. A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro. A articulação, liderada na administração estadual pela SPGG, possibilitará a troca de dados por meio de arquivos geoespaciais gerados a partir de imagens de satélite e dos chamados modelos hidrodinâmicos, que representam o funcionamento dos cursos de água. “A parceria nos permitirá compartilhar, de forma ampla e com maior fluidez, dados fundamentais para que tenhamos políticas públicas efetivas”, disse Leite. “A ciência e a tecnologia nos ajudam a aplicar, da melhor forma, o recurso público, agilizando o processo. Isso nos dá a confiança de que vamos superar logo este momento difícil.” Na prática, o intercâmbio beneficiará a elaboração e a execução, em ambas as esferas de governo, das iniciativas direcionadas ao auxílio da população atingida pelos eventos meteorológicos, bem como na elaboração de políticas públicas com foco na reconstrução resiliente dos espaços. “Nosso convênio técnico de compartilhamento é um grande avanço. Estamos dando um passo adiante no conceito de que a ciência e a tecnologia existem para cuidar das pessoas, oferecendo soluções a desafios complexos”, destacou a ministra. "A recuperação do Rio Grande do Sul exige a cooperação entre o Estado e a União em diversas frentes. O Executivo gaúcho tem um banco robusto de dados que pode auxiliar as políticas do governo federal, assim como nós podemos refinar ainda mais o trabalho realizado aqui com as informações recebidas", afirmou a secretária Danielle. Inovação nas medidas O uso das imagens de satélite e das informações já contratadas pelo governo do Rio Grande do Sul foi essencial para o trabalho inovador desenvolvido pelas equipes da Subsecretaria de Planejamento da SPGG após a ocorrência dos desastres, auxiliando na execução ágil de medidas de auxílio lançadas pela administração. A destinação de recursos doados por Pix à população é um exemplo dessa inovação. A partir do cruzamento da mancha de inundação com dados de outras fontes – como o Censo Demográfico, o Cadastro Único (CadÚnico) e os registros administrativos de órgãos do Estado –, foi possível identificar o público-alvo e realizar o pagamento sem a necessidade de cadastro pelos beneficiados. A partir do acordo assinado com o ministério, o Estado terá ainda mais fontes para detectar áreas atingidas e realizar recortes específicos da população afetada. Terá, ainda, mais condições para desenhar políticas que embasem a reconstrução em áreas como planejamento urbano e habitação. “Dados mais atualizados é algo extremamente relevante para a construção de políticas públicas. Também será fundamental para o trabalho do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, que integra a estrutura do Plano Rio Grande e será instalado na próxima semana, com a participação de pesquisadores e especialistas em diversas áreas”, explicou a secretária Simone. Texto: Ascom SPGG |
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