Os eleitores indecisos que assistem ao debate presidencial entre o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump

 

Por James Oliphant, correspondente político nacional

Os eleitores indecisos que assistem ao debate presidencial da próxima semana entre o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump estarão a examinar os dois homens para responder talvez à questão mais fundamental que os candidatos presidenciais enfrentam: serão eles capazes de fazer o trabalho?  Nesse sentido, este debate é diferente. Enquanto os debates anteriores podem ter-se resumido mais a questões, personalidade e visão do mundo, o confronto Biden-Trump em 27 de junho tem mais a ver com a mera aptidão para o cargo mais poderoso do mundo.   E quando digo que este é diferente, vem da experiência. Há muito tempo que escrevo sobre política, embora não tenha abordado o debate entre John F. Kennedy e Richard Nixon . Ouvi dizer que Nixon suou muito.   O que observar no debate Desde as eleições de 2020, tanto Biden, de 81 anos, como Trump, de 78, deram aos eleitores motivos para repensarem  se deveriam apoiá-los. Os detratores de Biden dizem que ele desacelerou e apontam momentos em que parece que ele está sendo ajudado ou manipulado por outros. As ações de Trump após a sua derrota em 2020, incluindo o seu papel no subsequente ataque ao Capitólio dos EUA , lançaram dúvidas sobre a sua adequação para a presidência. Trump também agora é um criminoso depois de ser considerado culpado no julgamento de Stormy Daniels no mês passado.   A Reuters conversou com 15 eleitores indecisos para uma matéria esta semana para descobrir o que eles esperam aprender com o debate. A idade e a condição física de Biden surgiram como preocupações dominantes, assim como os problemas jurídicos de Trump e a sua propensão para o caos. “Biden tem que mostrar que pode enfrentar Trump novamente”, disse Rich Liebig, residente da Pensilvânia, às minhas colegas Helen Coster e Alexandra Ulmer.   Os especialistas dizem-me que Biden não pode dar-se ao luxo de encarar a primeira de ânimo leve , algo que outros titulares já fizeram no passado. Em 1984, Ronald Reagan, que aos 73 anos também enfrentava questões sobre a sua idade e forma física, atrapalhou-se durante o seu primeiro debate contra o democrata Walter Mondale, esquecendo-se em que cidade se encontrava, referindo-se aos uniformes militares como “guarda-roupa” e por vezes fazendo declarações desconexas. respostas. Mondale foi considerado como tendo vencido o debate de forma sólida. (Eu também não cobri isso .)  É claro que Reagan voltou a ganhar as eleições de 1984 com folga, em parte devido a uma piada bem recebida que fez no segundo debate sobre não explorar a “juventude e inexperiência” do seu oponente que neutralizou efectivamente a questão da idade. Certamente, haverá outras questões sérias em jogo no debate, principalmente a inflação e a segurança das fronteiras , que são de grande preocupação para os eleitores. Esperemos que o aborto, a democracia e os conflitos estrangeiros também surjam. Biden e Trump estão se preparando nos próximos dias para discutir esses assuntos no palco – e como enfrentar um ao outro . Biden ficará em Camp David com conselheiros, enquanto Trump adota uma abordagem menos convencional, confiando, em vez disso, nos eventos de sua campanha para mantê-lo atento. O candidato independente Robert F. Kennedy Jr. não foi aprovado , então os dois principais candidatos do partido não terão que se preocupar com ele.  Uma coisa a que Trump terá de se ajustar: a CNN, a rede que organiza o debate, diz que o seu microfone será desligado enquanto Biden fala. É uma tentativa de garantir que Trump não tente interromper Biden continuamente, como fez no primeiro debate em 2020. Isso significará que Trump terá de mostrar paciência e tomar a sua vez, habilidades pelas quais não é particularmente conhecido.   A boa notícia tanto para Biden como para Trump é que este debate é em Junho, pelo que há muito tempo para recuperar se algum deles tiver uma noite má, e há outro debate agendado para 10 de Setembro, dois meses antes das eleições de 5 de Novembro . Mas isso não significa que eles possam se dar ao luxo de cometer muitos deslizes. A corrida está muito acirrada para isso.  Verificação de fatos da semana Uma confusão de nomes levou os usuários das redes sociais a reviver  acusações infundadas de fraude eleitoral em 2020 no condado de Fulton, Geórgia, quando a Fox News transmitiu uma história sobre um funcionário eleitoral de Connecticut preso em 11 de junho, chamando a mulher de “ Wanda 'The Stuffer'. ” Postagens online aplaudiram a notícia , alegando falsamente que a ex-funcionária eleitoral do estado da Geórgia, Wandrea ArShaye “Shaye” Moss – que, junto com sua mãe, foi  demonizada pela campanha de Trump  após as eleições de 2020 – acabara de ser presa. Na realidade, a história da Fox era sobre Wanda Geter-Pataky, que foi presa sob acusações relacionadas ao manuseio incorreto de cédulas de ausentes durante as primárias democratas para prefeito de 2019 na cidade de Bridgeport.