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Um escândalo de grandes proporções envolvendo testes de segurança abalou várias montadoras japonesas, se ampliando significativamente nesta segunda-feira. A Toyota Motor (7203.T) e a Mazda (7261.T) suspenderam as remessas de alguns veículos após o Ministério dos Transportes do Japão encontrar irregularidades nos pedidos de certificação de certos modelos. As falhas não se limitaram a essas duas empresas; irregularidades semelhantes foram encontradas nas aplicações da Honda (7267.T), Suzuki (7269.T) e Yamaha Motor (7272.T)
As investigações revelaram que as montadoras apresentaram dados de testes de segurança incorretos ou manipulados ao solicitar a certificação dos veículos. Este comportamento fraudulento não é um incidente isolado, especialmente considerando a recente admissão da Daihatsu, subsidiária da Toyota, de que falsificou testes de segurança por mais de 30 anos. A Daihatsu admitiu manipular os testes de aproximadamente 64 modelos desde 1989, resultando na interrupção de suas operações em quatro fábricas no Japão e afetando cerca de 9 mil funcionários até o final de janeiro
A crise forçou mudanças significativas na liderança da Daihatsu. O presidente Sunao Matsubayashi renunciou ao cargo, e Masahiro Inoue, chefe das operações da Toyota na América Latina e Caribe, foi nomeado seu sucessor, refletindo um esforço para reformar a gestão, a cultura corporativa e os processos de fabricação da Daihatsu
A Toyota, afetada diretamente pela crise devido à sua ligação com a Daihatsu, viu suas ações caírem mais de 4% ao longo da última semana. A empresa-mãe reconheceu a gravidade do problema e está implementando reformas rigorosas para evitar futuros escândalos e fortalecer sua governança
Este escândalo destaca a vulnerabilidade das montadoras japonesas e a necessidade de uma supervisão mais rigorosa para garantir a integridade dos testes de segurança, protegendo não apenas a reputação das empresas, mas também a segurança dos consumidores.
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