Em um marco histórico e sem precedentes, Donald Trump foi declarado culpado nas 34 acusações que enfrentava, tornando-se o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a ser condenado por um crime. O veredicto, resultado de uma decisão unânime de um júri composto por 12 pessoas, condenou Trump por ocultar um pagamento de US$ 130 mil (R$ 674 mil) em 2016 para garantir o silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels.
Ao deixar o tribunal, um Trump visivelmente irritado declarou que a decisão "foi uma desgraça" e acusou o julgamento de ser manipulado. Este é apenas o primeiro de quatro processos criminais que o ex-presidente enfrenta, mesmo enquanto continua sua campanha como candidato republicano para desafiar o presidente Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro.
O promotor do caso, Albin Bragg, foi enfático ao afirmar: "A única voz que importa é a voz do júri", destacando a importância da decisão judicial. Analistas nos Estados Unidos, no entanto, acreditam que a possibilidade de Trump ser preso é pequena, apesar da pena máxima de quatro anos de prisão.
A sentença será anunciada em 11 de julho, conforme informado pelo juiz responsável pelo caso, que agradeceu ao júri pelo seu trabalho diligente. A defesa de Trump tem até 13 de junho para apresentar recursos, o que indica que a batalha legal está longe de terminar.
Trump, inconformado, insistiu que o julgamento foi uma fraude, apontando para um suposto conflito de interesses do juiz. "Isso foi uma desgraça. Este foi um julgamento manipulado por um juiz em conflito de interesses e corrupto", afirmou Trump, prometendo continuar a luta.
O caso de Trump não apenas redefine os limites da legalidade e ética na política americana, mas também lança uma sombra sobre a próxima eleição presidencial, onde o ex-presidente pretende retornar ao poder. A nação aguarda ansiosamente os próximos desdobramentos dessa saga judicial sem precedentes.
Texto Cassiano cortez
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